Número 19 | maio.jun.jul.ago. 2016|ISSN 2179-1287
Dossiê
Precarização e Trabalho
ARTIGOS
No momento em que o atual governo tenta aprovar reformas trabalhistas e previdenciárias que retiram direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora, este dossiê ganha especial relevância, pois fornece um ângulo diferente daquele oficialmente oferecido pela grande mídia ao imenso contingente da população que poderá ser atingido por tais projetos: a perspectiva da precarização do trabalho. Este tema ganha relevância central nos estudos do trabalho na atualidade desde que o chamado neoliberalismo passou a orientar a política econômica dos países inseridos no circuito comercial e financeiro do grande capital transnacional.
Trabalho imaterial e precarização | Henrique Amorim
Produtividade e intensidade laboral | Sadi Dal Rosso
Indicadores de Precarização Social do trabalho no Brasil | Selma Cristina Silva
Precarização e sindicalismo: antigos problemas, novos desafios | Ariovaldo Santos
Financeirização e precarização: duas faces da mesma moeda | Lívia Moraes
Precarização e informalidade | Angela Maria Carneiro Araújo
Flexibilização leva à precarização do trabalho | José Dari Krein
Precarização do trabalho e saúde do trabalhador | Vera Lucia Navarro
Ricardo Antunes
A informalidade, a precarização e a flexibilização da legislação protetora do trabalho trazem como resultante mais profunda o desemprego. Essa crise atingiu profundamente o ideário do capital dos nossos dias, provocando o enxugamento, a redução do trabalho vivo e a ampliação do maquinário informacional-digital.
Um dos principais nomes da Sociologia do Trabalho no Brasil, o pesquisador Ricardo Luiz Coltro Antunes é o convidado deste número da Revista Coletiva para falar sobre o atual cenário de precarização. Grande conhecedor e comentador da obra de Karl Marx na América Latina, além de autor de livros consagrados, como Os sentidos do trabalho (Boitempo Editorial) e Adeus ao trabalho? (Cortez Editora), ambos traduzidos para vários países no mundo, Antunes reflete, nesta entrevista, sobre as mudanças estruturais que vêm ocorrendo no mundo desde os anos 70 do século XX.