Número 34 | jan.fev.mar.abr.mai. 2024|ISSN 2179-1287
06.24 | Pedro Silveira e Emmanuel Duarte Almada
Dossiê
Povos e comunidades tradicionais
ARTIGOS
A categoria política Povos e Comunidades Tradicionais emergiu no cenário político do Brasil na última década do século XX, a partir das lutas desses grupos para manter seus modos de existência ligados à terra, territórios e paisagens específicas, compostos por vidas de humanos, plantas, animais, rios, montanhas e outros entes. Essas formas próprias de existir, que se afastam da maneira proprietária, homogeneizadora e destrutiva que caracteriza as formas modernas de produzir seus territórios e exercer seu poder, falam-nos de caminhos, há muito tempo em curso, para a produção de novos mundos, nas ruínas do capitalismo.
Povos e comunidades tradicionais no Brasil | Aderval Costa Filho
Tradicionalidades em movimento | Emmanuel Duarte Almada e Fernando Soares Gomes
Alguns apontamentos sobre povos ciganos no contexto brasileiro | Juliana Miranda Soares Campos
Cortar o cosmo e multiplicar o axé: palavras de um axogun | Pai Elias, Maurício Santos e Thiago Hoshino
O poder das folhas: cura, cuidado e manejo sustentável de plantas medicinais por raízeiras do cerrado brasileiro | Sabrina D'almeida e Aparecida Arruda
O Encontro de Saberes dos povos tradicionais: um movimento de transformação do currículo das universidades brasileiras | José Jorge de Carvalho e Letícia Vianna
ENTREVISTAS
Eu sempre digo que eu sou uma pessoa de abrir caminhos para outros virem juntos e eu acho que isso me ajudou bastante a formar a Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneira (...) [A autoafirmação] vem de um processo de opressão, de discriminação, de preconceito, de você ter que buscar os seus direitos, porque estão sendo negados, retirados ou anulados.
Bióloga e Mestre em Ciências Ambientais pela UEMT. Atua como diretora do Departamento de Gestão Socioambiental e Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e ex coordenadora da Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras.
Os Povos e Comunidades Tradicionais são aqueles que detêm ciências próprias que podem contribuir para propor modelos de vida, para viver bem em comunidade. Somos a última fronteira para se impor ao sistema perverso de destruição da vida.
Mulher caiçara, educadora popular, pedagoga, pesquisadora local e monitora ambiental. Atua em organização comunitária há mais de 20 anos na defesa de direitos e efetivação de políticas públicas. Integra o Instituto Caiçara da Mata Atlântica; a Coordenação Nacional das Comunidades Tradicionais Caiçaras; o Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira (SP) e Rede PCTs do Brasil. Atualmente é conselheira no CNPCT e também faz parte do Feminismo Comunitário de AbyaYala-Tecido Pindorama -Brasil.