Casa Amarela: reduto de luta, resistência e subversão
Pollyana Calado de Freitas
Casa Amarela querida, terra boa de viver
Terra que eu nasci, ainda hoje moro nela
Só deixo Casa Amarela quando eu morrer
Mestre Zezinho de Casa Amarela
Até 1988, Casa Amarela se apresentava como o bairro mais populoso do Recife, abrangendo uma área de morros com cerca de 400 hectares e abrigando aproximadamente 500 mil habitantes. Era conhecido como “a maior área urbana popular do Nordeste e uma das mais densamente povoadas do país”¹. O bairro formava um grande território urbano que incluía centro comercial, morros, áreas elevadas, alagados, becos e córregos e representava o maior colégio eleitoral da cidade. Para seus moradores, Casa Amarela era vista como “uma cidade dentro da cidade do Recife”.
Ocupação
A “ocupação oficial”² do território de Casa Amarela insere-se no contexto brasileiro da formação das principais favelas urbanas no início do século 20, marcada por processos históricos que moldaram os rumos do país. Entre esses processos, destacam-se a importação do discurso higienista europeu a partir de meados do século 19, a abolição da escravatura em 1888 e a Proclamação da República em 1889, eventos que tiveram impactos profundos na urbanização e nas condições de moradia no Brasil.
Nesse contexto, dois fluxos migratórios paralelos contribuíram para o povoamento do território que formaria o bairro. O primeiro foi composto por pessoas da Zona da Mata Norte de Pernambuco, cujas trajetórias estavam ligadas à atividade canavieira. Com os problemas sociais associados à produção de açúcar, essas pessoas migraram para o Recife em busca de melhores condições de vida. O segundo fluxo resultou da “limpeza étnica” promovida no centro do Recife com a destruição dos mocambos, o que forçou seus habitantes a se deslocarem para os morros da Zona Norte da capital. Ambos os fluxos eram formados por indivíduos de origem semelhante, com características socioeconômicas comuns, consequência do êxodo rural gerado pela crise na agroindústria canavieira e pela industrialização do campo, principalmente. A maioria dessas pessoas eram ex-escravizadas ou seus descendentes.
Mapa de fluxos migratórios para Casa Amarela
Fonte: Freitas; Santos; Neves, 2022.
Ao ocuparem os morros, altos e córregos que formam Casa Amarela, os migrantes construíram seus mocambos e materializaram modos de viver e formas de se expressar marcadas pela luta e resistência, uma vez que os estigmas associados à periferia sempre os colocaram em uma posição de disputa, especialmente por moradia. As técnicas e os materiais construtivos utilizados na construção dos mocambos, como a taipa (barro e ripas de madeira) e coberturas de palha ou capim, remetem às tradições dos quilombos.
Fazedor de mocambo.
Fonte: Ricardo Silva, 2011.
Mocambos no Alto José Bonifácio, década de 1940. Fonte: Acervo Fundação Joaquim Nabuco.
Na veia cultural de Casa Amarela pulsa a memória da Zona da Mata Norte através de manifestações populares trazidas pelos trabalhadores rurais, como maracatu, coco, cavalo marinho, samba, caboclinho, ciranda, boi, terreiros de matriz africana e afroindígena, quadrilhas, pastoris e presépios. Isabel Guillen destaca que essas manifestações vão além da simples diversão, pois recriam o ambiente rural dos engenhos dentro da cidade e promovem redes de solidariedade. Essas práticas territorializam saberes e fazeres, ultrapassando a fronteira do lazer e da brincadeira, constituindo formas de enfrentamento em um cenário de luta de classes. Mulheres e homens exerciam sua cidadania e se organizavam coletivamente em espaços dedicados a essas expressões populares, como agremiações, terreiros, gafieiras e grupos esportivos. Assim, o fazer dos brinquedos populares foi fundamental para a formação da identidade do bairro, unindo os diferentes altos e morros e consolidando todas essas áreas como parte do que passou a ser conhecido como Casa Amarela.
Neste sentido, destacamos o Maracatu de Baque Solto Águia de Ouro, fundado em 1933, com sede no Morro da Conceição. Esse importante brinquedo desempenha um papel fundamental na consolidação da geografia cultural e afetiva de Casa Amarela. Resistindo ao longo do tempo, o Águia de Ouro desfila entre os morros e córregos, carregando e difundindo os saberes da cultura popular local.
Maracatu Águia de Ouro, no Morro da Conceição. Foto: Katarina Real, 1964. Destaque da autora em círculo da águia e em seta dos mocambos. Fonte: Acervo Fundação Joaquim Nabuco.
Jornal dos Bairros, ano 1 n°6 janeiro de 1979. Fonte: Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
Maracatu Águia de Ouro. Observa-se ao fundo os prédios no centro de Casa Amarela em 2023. Fonte: Acervo pessoal da autora.
Organização
Território de luta e subversão, os moradores das comunidades que ocuparam Casa Amarela criaram associações e conselhos que renderam a fama de serem células comunistas, como pode ser observado na matéria do Diário de Pernambuco intitulada Em Altos e Corgos, de 21 de abril de 1953.
Diário de Pernambuco, 21 de abril de 1953, edição 89
A Federação das Associações de Casa Amarela – FEACA, que em 1987 contava com vinte e três Associações e Conselhos de Moradores, foi fundamental para a construção da identidade política do bairro, fortemente marcada por sua longa história de lutas por moradia e melhores condições de vida. As lideranças comunitárias uniam-se para reivindicar direitos básicos para todos os morros e córregos, como a construção de muros de arrimo, fornecimento de eletricidade, água encanada, pavimentação das ruas, escadarias, escolas públicas, creches, coleta de lixo, saneamento básico e transporte. É importante pontuar que esses serviços de infraestrutura básica não foram simplesmente oferecidos pelo poder público, mas foram conquistas travadas em batalhas entre os moradores e a Prefeitura.
Durante a ditadura militar (1964–1985), as associações de moradores foram fechadas, restando como saldo alguns de seus membros torturados e outros desaparecidos, até hoje sem explicações. Apesar disso, de forma combativa, foi nesse período que Casa Amarela se afirmou como território fértil para a organização de movimentos sociais, desempenhando protagonismo na resistência política do Recife contra o regime ditatorial.
Nesse contexto, a Igreja Católica exerceu um papel central na articulação de pessoas e grupos, o que permitiu que a população contornasse a repressão estatal e se reorganizasse. Dom Hélder Câmara, uma liderança singular na Igreja Católica do Recife, foi um grande defensor da Teologia da Libertação, que inspirou o surgimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), orientadas também pela pedagogia de Paulo Freire. As ações evangelizadoras de Dom Hélder tinham um forte caráter social e eram voltadas para a luta pelos direitos humanos, o que lhe rendeu acusações de subversão e de propagar o comunismo. No Morro da Conceição, o Padre Reginaldo, discípulo de Dom Hélder, teve um papel fundamental na disseminação dessas ideias e na atuação por direitos básicos junto aos morros e córregos de Casa Amarela. Já nessa época, as primeiras intervenções imobiliárias começaram na parte plana do bairro, iniciando o processo de descaracterização da área e a expulsão dos moradores economicamente mais vulneráveis.
Dom Hélder Câmara, líder religioso, caminhava pelo Morro da Conceição durante o regime militar.
Fonte: Diario de Pernambuco
Em 1975 eclodiu o Movimento Terras de Ninguém, liderado pelos moradores de diversas comunidades de Casa Amarela, com o apoio da Igreja, em defesa do direito à moradia. A população reivindicava a posse da terra onde vivia, contestando as cobranças das famílias Marinho e Rosa Borges, que exigiam o pagamento mensal de um foro pelo terreno. Aqueles que não pagassem eram ameaçados de expulsão. Os moradores argumentavam que, ao chegarem, toda a região era coberta de mato, e eles mesmos haviam limpado e aplainado os terrenos. Só depois de se instalarem, as famílias Rosa Borges e Marinho se autodenominaram proprietárias de toda a área.
A pressão popular foi decisiva para que o governo do estado reconhecesse a legitimidade da luta. O movimento ganhou destaque na mídia, especialmente nos jornais de bairro, mostrando a força da mobilização comunitária. Finalmente, em 1980, o governo reconheceu o direito dos moradores e iniciou o processo de desapropriação das terras em benefício da população local. Apesar das famílias Marinho e Rosa Borges se apresentarem como donas das terras, nunca foi apresentado um documento oficial que comprovasse essa propriedade. Os moradores conseguiram alterar de forma legal as relações de poder entre as classes sociais na disputa contra as imobiliárias, o que pode ter levado, no âmbito administrativo, à fragmentação territorial como uma estratégia de desmobilização política. O historiador Antônio Montenegro, ao analisar o bairro, considerou o projeto de divisão como uma estratégia para fragmentar a força de representação coletiva que os moradores possuíam.
Recortes de jornais. Acervo da Fundação Joaquim Nabuco.
Divisão
Dispondo de vasta extensão territorial e de um expressivo índice populacional, Casa Amarela foi desmembrada pela Lei Municipal nº 14.452/1988, transformando seus morros, altos e córregos em bairros independentes. Essa divisão foi uma estratégia deliberada para enfraquecer a força popular do bairro. Sem essa medida, a proposta apresentada pelo deputado Newton Carneiro, em meados do século XX, que buscava transformar a Casa Amarela em uma cidade, provavelmente já teria se consolidado.
Na época, tal proposta foi tratada como uma piada e um caso político, conforme relatado em matéria do jornal Diário da Manhã. Posteriormente, outras tentativas de desmembramento surgiram, mas não obtiveram adesão, até que finalmente o bairro foi dividido em uma típica estratégia de guerra: “dividir para conquistar”.
Jornal Diário da Manhã, 26 de agosto de 1968,
edição 826.
Para consolidar de vez uma nova Casa Amarela, somou-se a essa divisão a Lei Municipal nº 16.719/01, conhecida como “Lei dos Doze Bairros”, que basicamente proibia a construção de prédios com mais de 20 andares em diversos bairros de Recife. A iniciativa partiu dos moradores de localidades de classe média e média alta: Derby, Espinheiro, Graças, Aflitos, Jaqueira, Parnamirim, Santana, Casa Forte, Poço da Panela, Monteiro, Apipucos e Tamarineira – todos circundando Casa Amarela, exceto o Derby, mais próximo ao centro da cidade. O arquiteto Aliomar Nunes, ao analisar o impacto dessa lei, observou que, com a restrição imposta, Casa Amarela se tornou um dos principais destinos para a construção de torres residenciais. Como resultado, a área que outrora abrigava a maior favela urbana do Nordeste passou por uma transformação significativa em sua paisagem urbana, atraindo uma onda de projetos imobiliários que causou um crescimento desordenado e desencadeou um processo de gentrificação.
Gentrificação
A Lei dos Doze Bairros foi criada basicamente para requalificar os espaços urbanos em doze bairros de classes altas, restringindo a construção de torres nesses territórios. No entanto, a legislação não considerou os impactos que essa proibição traria às áreas vizinhas. Em projetos de valorização urbana, é comum que uma reforma seja realizada para atender a critérios específicos de requalificação. Em Casa Amarela, que passou a receber os prédios, essa transformação ocorreu de forma simbólica. A exclusão oficial dos morros do bairro funcionou na prática como uma forma de eliminar as “mazelas urbanas” associadas aos baixos índices sociais. Assim, a lei intensificou a disputa pelo solo em Casa Amarela, dando início a um processo de gentrificação, sem que houvesse uma requalificação urbana prévia. A redefinição territorial resultou na expulsão das favelas, favorecendo a parte plana, que permaneceu com a denominação oficial de Casa Amarela e se tornou alvo da especulação imobiliária. Já as áreas de morros e córregos foram transformadas em bairros independentes, mas sem a estruturação necessária de serviços básicos, como bancos, supermercados e postos de atendimento médico, por exemplo. Essas áreas, que são compostas majoritariamente por uma população de pessoas pretas e pardas, ainda enfrentam problemas históricos, como esgoto a céu aberto, baixos índices de escolaridade, vulnerabilidade das encostas de morros, baixa renda domiciliar, entre outros.
Uma imagem de Casa Amarela em 2020. No primeiro plano, a Casa Amarela construída pelos trabalhadores que migraram da Zona da Mata Norte de Pernambuco e do Centro do Recife, expulsos e em busca de sobrevivência. No segundo plano, a Casa Amarela gentrificada, que nega a primeira, atribuindo nomes e sentidos novos; que, fingindo modernidade, silencia a história de luta por moradia e altera o significado do que é pertencer à Casa Amarela enquanto esse território de resistência e subversão.
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Desde 2002, a aplicação dessa lei resultou na ocupação de prédios no centro de Casa Amarela, transformando uma área que antes era predominantemente comercial em uma zona residencial – ou melhor, em um “dormitório” – como parte do processo de gentrificação. Esse fenômeno traz duas consequências diretas para os moradores: uma de caráter econômico e outra de ordem cultural. No aspecto econômico, houve um aumento na oferta de serviços e produtos não duráveis, como farmácias e supermercados, enquanto os novos residentes não consomem produtos duráveis locais, como eletrodomésticos e roupas. Além disso, o aumento significativo no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) tem sido um peso para os moradores antigos, que enfrentam um custo de vida mais elevado. Culturalmente, o impacto é significativo, atingindo diretamente as tradições do bairro. Festividades como o Carnaval de rua têm sofrido mudanças, com alterações nos trajetos dos blocos e restrições nos horários. A Festa do Morro da Conceição, reconhecida como Patrimônio Imaterial de Pernambuco em 2022, também tem sido alvo de medidas higienistas e intervenções do poder público, como a retirada de bares, a eliminação do parque de brinquedos e a modificação do percurso da Procissão da Bandeira. Essas transformações ocorrem principalmente porque as festividades antes passavam por áreas que agora estão ocupadas por novos edifícios.
Contraditoriamente, as mesmas imobiliárias que promovem a gentrificação se apropriam do discurso de preservação do patrimônio histórico e ambiental para atrair novos moradores ao bairro. Exemplos disso incluem o uso do Forte Arraial do Bom Jesus — sítio arqueológico protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1974 e situado em um parque urbano administrado pela prefeitura —, além de diversas referências culturais do bairro, exploradas como recurso por esses empreendimentos. No entanto, o preço médio de um apartamento à venda no bairro gira em torno de 630 mil reais, revelando que essas moradias são direcionadas a um público de alto poder aquisitivo – os “estrangeiros” do bairro, que rebatizam as antigas ruas como “Novas Ubaias”, “Nova Tamarineira”, “Nova Parnamirim”, apagando de forma velada a identidade local para criar uma “nova Casa Amarela”.
“Os preços imobiliários do portal Agente Imóvel registraram uma tendência positiva em Casa Amarela no mês 12/2023, caracterizada por um aumento de preço de R$ 33[,00] por metro quadrado comparado ao mês anterior”.
Fonte: Portal Agente Imóvel, em 2024.
Considerações
As referências culturais sustentam uma territorialidade marcada por afetos, disputas e memórias. Embora existam divisões oficiais ou administrativas no bairro, percebe-se entre os moradores uma forte relação de resistência e pertencimento cultural, que persiste mesmo fora dos limites formais de Casa Amarela, com muitos ainda reivindicando sua identidade com o lugar. Apesar das tentativas do poder público de fragmentar, classificar e remover comunidades, em Casa Amarela é seu povo que constitui o maior patrimônio. A forma de resistir revela a continuidade de uma luta que é marca registrada do bairro. Casa Amarela tem seus donos: é o morro que desce até a maternidade Barros Lima, alcança o pátio da feira, atravessa as lojas de eletrodomésticos, onde se compra em doze parcelas, mesmo que isso represente um grande sacrifício, e enfrenta as longas filas dos bancos. É ali que as pessoas lutam para viver e ser enterradas. Passados 50 anos desde que Padre Reginaldo, Nelson Poeta e tantas outras lideranças lutaram por moradia digna, é fundamental reafirmar: Casa Amarela não é “Terras de Ninguém”!
Zezinho de Casa Amarela, em 2016, em foto de Danilo Oliveira. Babalorixá e mestre de coco de sala, nasceu e cresceu no bairro, onde se tornou um verdadeiro guardião de sua história. Ex-caboclo de lança do Maracatu Águia de Ouro, ele hoje, aos 89 anos, permanece como um pilar de resistência contra os apagamentos urbanos que ameaçam a cultura e o saber popular. Em suas mãos, carrega uma foto de 1959 ao lado de seu mestre, João Vieira. Na imagem, o Mestre Zezinho está à direita, testemunhando a memória viva de um tempo que ele recria e revive em sua rima.
NOTAS
[1] Ventura; Montenegro, 1988, p. I
[3] Entre 1920 e 1940, a população do Recife aumentou em 46%. No final da década de 1930, a cidade já enfrentava altas taxas de desemprego e abrigava cerca de 45 mil mocambos. Em resposta a essa situação, foi criado em 1939 o Programa da Liga Social contra os Mocambos, que tinha como objetivo demolir essas habitações e financiar a construção de novas casas. No entanto, nem todos os trabalhadores foram contemplados por esse programa.
[4] Freitas; Santos, 2022
[5] Guillen, 2005
[6] Montenegro, 1987, p. 7
[7] Ventura; Montenegro, 1988; Luna, 2014
[9] Montenegro, 1994
[10] Nunes, 2008
PARA SABER MAIS
CAVALCANTI, Geane Bezerra. Lutas e resistência dos moradores da periferia da Cidade do Recife (1955-1988). Dissertação de mestrado em História. UFRPE, Recife, 2017.
ETAPAS – Equipe Técnica de Assessoria, Pesquisa e Ação Social. Morro da Conceição fazendo história. Recife, 1994.
FREITAS, Pollyana Calado; SANTOS, Jonas Augusto Rodrigues Lopes. Mocambos na Grande Casa Amarela: a patrimonialização de remanescentes dos quilombos urbanos. Revista Boletim Observatório da Diversidade Cultural. V.97, N.02, 2022. p.121-133.
FREITAS, Pollyana Calado; SANTOS, Jonas Augusto Rodrigues Lopes; NEVES, Danilo Oliveira Costa. Inventário participativo do patrimônio material de Casa Amarela. Recife: Lei Aldir Blanc, 2022.
GUILLEN, Isabel Cristina Martins. Por amor ao brinquedo: cotidiano e diversão na periferia do Recife. In: Simpósio Nacional De História, 23., 2005, Londrina. Anais... Londrina: ANPUH, 2005. 8 páginas.
MONTENEGRO, Antônio Torres. História Oral e Memória: a cultura popular revisitada. São Paulo: Contexto, 1994.
MONTENEGRO, Antônio Torres. Fotografias Urbanas – o debate da memória. XIV Simpósio Nacional de História. 1987.
NUNES, Aliomar F. O Impacto da “Lei dos Doze Bairros” sobre a Construção Civil na cidade do Recife. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2008.
SILVA, Ricardo L. Alto José do Pinho: ocupação, instituição e práticas culturais 1940-1960 / Dissertação de mestrado em História – UFPE, Recife, 2011.
VENTURA, Ieda; MONTENEGRO, Antônio Torres. Casa Amarela: Memórias, Lutas, Sonhos. Recife: Gráfica Inojosa, 1988.
A AUTORA
Pollyana Calado é doutoranda em Arqueologia pelo Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestra em Arqueologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e graduada em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atua como assessora técnica na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), contribuindo para a preservação e a gestão do Patrimônio Cultural Material de Pernambuco. Como pesquisadora, dedica-se à História Pública e à Arqueologia Histórica, nas linhas de História de Pernambuco, Arqueologia Urbana, Arqueologia Pública e Estudos Cemiteriais. Nascida e criada em Casa Amarela, Recife/PE, defende a proteção e o uso do patrimônio local e periférico como instrumento político de luta e resistência. É autora do Inventário Participativo do Patrimônio Material da Casa Amarela e coordena o Coletivo Casa Amarela é O bairro.
COMO CITAR ESSE TEXTO
FREITAS, Pollyana Calado. Casa Amarela: reduto de luta, resistência e subversão. Revista Coletiva, Recife, n. 35, ago.set.out.nov.dez. 2024. Disponível em: https://www.coletiva.org/pollyana-calado ISSN 2179-1287.
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